• Início
  • Ateliê
  • Curriculum / Sobre
  • Textos
  • Contato
Roberto Vieira
  • Caixas
  • Intervenções
  • Articulabiles
  • Rosáceas
  • Objetos
  • Pinturas
  • Esculturas
  • Gravuras
  • Desenhos
  • Exposições
Select Page

ROBETO VIEIRA: UMA ARQUEOLOGIA DO FUTURO | Márcio Sampaio |

O caráter premonitório e antecipador da obra plástica de Roberto Vieira já era perfeitamente visível no início dos anos 60, quando, estudante de arquitetura e músico, freqüentando a oficina da Escola Guignard, propunha questões apenas latentes na reflexão e na produção artística brasileira de então. São dessa época suas primeiras peças minimalistas, formuladas com uma radicalidade ainda hoje nova, postas como questões espaciais em campo ampliado. Desde, então, trabalhando na contra-mão das práticas artísticas vigentes em Minas, assumiu sua rebeldia, que atrelava com inteligência o ato experimental à conspiração por uma liberdade de pensamento e ação quase sempre incompreendida. Em meados dos anos 70, Roberto daria uma trégua à experimentação radical, para trabalhar dentro da pintura algumas questões mais assimiláveis, tendo por mote a paisagem de Minas, reinventada em cores deslumbrantes, mas que não demoraria a abrir brecha para a abordagem crítica da realidade brasileira; transformando as montanhas em corpos dilacerados, e daí partindo para a construção de caixas, que ele chamou de sacrários, onde a terra, com matéria orgânica e seres vivos, passariam a constituir os elementos de força de novas experiências.

Texto completo

ROBERTO VIEIRA, a vida em silêncio ruidoso | Maraliz |

Após um período e rico experimentalismo com o grupo oficina, em Belo Horizonte, Roberto Vieira volta a Juiz de Fora. Solitário, realiza uma série de pinturas intituladas “paisagens”. Nelas aparecem as montanhas da Zona da Mata em processo de erosão, a vegetação e o céu. Cada elemento com seu espaço definido e existência quase autônoma.

Uma natureza despovoada, mas repleta de cor e luminosidade. As cores são puras e limpas, a luminosidade é conseguida a partir da gradação tonal dos planos de cor. Esses mesmos planos que formam as nuvens, morros e árvores apresentam-se entrecortados, trazendo ritmo e pulsação à paisagem.

Texto completo

Imagens da Paisagem - Jornal do Brasil - 1979 | Roberto Pontual |

Já não se pode dizer, dessa pintura, que seja só pintura, como antes tinta aplicada a um suporte de madeira. Já não se deve, também, aponta-la como um retrato retocado, avivado, estilizado da paisagem mineira, em suas camadas minerais e vegetais. Tornou-se a própria terra sendo pintada e limitada pelos quatro cantos de uma caixa-moldura com tampo de vidro, presa à parede. Tornou-se, além do mais, uma paisagem que serve só de motivo, de pretexto para que, através dela, o artista analise a estrutura do quadro,…

Texto completo

Exposição Roberto Vieira - Pace Galeria - 1996 | Paulo Laender |

A visita à exposição de ROBERTO VIEIRA me causou duas surpresas prazerosas: A constatação da maturidade da sua obra e o exemplo primoroso de que plasticidade passa por materialidade.

No momento em que a 23a. Bienal de São Paulo acontece como mega espetáculo baseado na premissa da “desmaterialzação da obra de arte no final do milênio”, é reconfortante e lentador ver o conjunto de obras recentes, concebidas sobre densa base de matéria, desse artista complexo e profundo. Roberto arquiteto e músico por formação, já trazia desde sua chegada à escola de arquitetura em Belo Horizonte, vindo de Juiz de Fora, a semente de sua pintura telùrica.

Nascido e crescido entre montanhas e contaminado pelo expressionismo de sua cidade onde Roberto Vieira já precursava Carlinhos e Nívea Bracher. Aquela época, anos 60, afligidos pelo panorama político do país, conhecíamos as suas atormentadas paisagens e naturezas mortas executadas já com o talento e o metier de um grande pintor.

Texto completo

Jornal - O Globo 1979 | Frederico de Morais |

… “Roberto Vieira partiu, indiscutivelmente, da paisagem montanhosa de Minas. Mas apenas nos primeiros momentos. Sua “paisagem” é construída, hoje, no ateliê. O objetivo do pintor é construir um quadro. Neste sentido, se teve, não tem mais nenhum compromisso com o montanhismo, esta temática muito mineira que, com frequência tem resvalado para soluções demagógicas do tipo “salve as montanhas de Minas”, ou glamurizada ou edulcorada num desenho cheio de maneirismos ou trejeitos.

Texto completo

A contemplação da paisagem, em corpo e alma | Décio Lopes |

Para um Poeta amigo

Pintar as refrações da luz e da cor, carne e sangue, veias que latejam a pulsação viva da terra, quieta a olho nu, cintilante entre vales e montanhas, o verde e a atmosfera multicor que envolve a paisagem outrora de futuro metálico e lunar.

Viaja por nuvens, tremulas sobre o tremor convulso, do amago da terra, raio-X infravermelho e sonoro, na espiral dos teus olhos.

Texto completo